Monitor de investimento – Abril 2014

​​​​Na Zona do Euro, a inflação subiu de 0,5% em março para 0,7% na prévia de abril. Nesse mês, a queda de 1,2% em energia foi compensada por uma alta de 1,6% em serviços. Apesar da elevação, o índice ainda é baixo e mantém o risco deflacionário. A série histórica do desemprego foi novamente revista, mas a taxa se mantém estável em 12,8% desde dezembro de 2013. Os PMIs de abril confirmam projeção de aceleração econômica na região.

Nos Estados Unidos, a inflação subiu de 1,1% para 1,5% em março. Essa recuperação era esperada e confirma um cenário mais próspero no país. A inflação central ficou em 1,7%. O desemprego foi destaque em abril, com queda de 6,7% para 6,3%. A geração de mais de 280 mil postos de trabalho no período foi um forte resultado, porém houve queda na taxa de participação de 63,2% para 62,8%. O PIB do primeiro trimestre ficou em 0,1%, abaixo das projeções. No entanto, o resultado pode ser explicado pelo rigoroso inverno e a expectativa é de alta no segundo trimestre. Em abril, o Banco Central manteve o tapering, diminuindo suas compras mensais de títulos para U$D 45 bilhões.

Na China, o PIB do primeiro trimestre mostra desaceleração para 7,4%. Esse valor é inferior a meta do governo de 7,5% e está em linha com os dados econômicos mais fracos do país. A inflação caiu de 2,4% para 1,8% em abril, abaixo das expectativas. A projeção é de que ela fique abaixo da meta de 3% no final de 2014 e a inflação dos produtores permanece em patamar negativo. A China mantém seu programa de reformas com a abertura de grandes projetos de infra-estrutura para investimentos privados.

Cenário Doméstico

A inflação de abril, medida pelo índice IPCA, apresentou variação de 0,67%, acumulando 2,86% no ano. O índice INPC foi de 0,78%, somando 2,90% em 2014. Já o índice de inflação IGP-M, divulgado durante o mês, registrou alta de 0,78%, totalizando no ano, 3,35%.

Em relação à economia brasileira, as expectativas continuam apontando para um crescimento lento. A projeção para o PIB deste ano, segundo a Consultoria Tendências, é de 1,9%. O crescimento do consumo está mais modesto, devido a uma taxa de desemprego praticamente estável e maior restrição ao crédito.

O IPCA de abril apresentou uma variação de 0,67%. Apesar de ter sido menor do que a variação apresentada no mês passado, de 0,92%, o quadro inflacionário ainda preocupa. Houve desaceleração nos grupos “Alimentação e Bebidas” (apesar de ter vindo abaixo do esperado pelos analistas, este continua sendo o principal vilão da inflação), e “Transporte”, com alta menor dos combustíveis, que começam a refletir os impactos baixistas provenientes da safra de cana de açúcar.

Com relação à taxa de juros, Selic, a próxima reunião do Copom será apenas no final do mês de maio e, portanto, a taxa ainda está em 11% a.a..

Com relação ao mercado brasileiro de ações, o índice Ibovespa registrou elevação em abril e fechou o mês em 2,40%, com 51.626 pontos.

A cotação do dólar fechou em R$ 2,236.