Monitor de investimento – Setembro 2014

​Cenário Externo

Na Zona do Euro, a inflação de setembro ficou em 0,3%, o valor mais baixo desde 2009. Para estimular a economia, o Banco Central realizou novos empréstimos de longo prazo para os bancos e anunciou que o programa de compra de títulos terá início em outubro. O desemprego se manteve em 11,5% em agosto.

Nos Estados Unidos, a inflação caiu de 2% para 1,7% em agosto, distanciando-se da meta do Banco Central. Porém, o desemprego continuou a cair em setembro, passando para 5,9%. Os indicadores de confiança se mantiveram em território positivo.

Na China, os indicadores econômicos continuam a desacelerar. A produção industrial caiu de 9% para 6,9%, as vendas do varejo recuaram de 12,2% para 11,9%, o investimento fixo passou de 17% para 16,5% e o investimento imobiliário diminuiu de 13,7% para 13,2%. A inflação também caiu, passando de 2,3% para 2%.

Cenário Doméstico

A inflação de setembro, medida pelo índice IPCA, apresentou variação de 0,57%, acumulando 4,60% no ano. O índice INPC foi de 0,49%, somando 4,62% em 2014. Já o índice de inflação IGP-M, divulgado durante o mês, registrou alta de 0,2%, totalizando no ano, 1,75%.

A revisão negativa no resultado do PIB no primeiro período do ano, junto com a confirmação da queda no segundo trimestre, resultou na revisão de crescimento esperado para 2014 de todo o mercado. Segundo a Consultoria Tendências, esta expectativa caiu para 0,3%. A ligeira recuperação da economia esperada para o segundo semestre está baseada na ausência do fator Copa, numa inflação mais branda de alimentos afetando ainda modestamente o comércio e em alguma reação do setor automobilístico.

O IPCA de setembro apresentou uma variação de 0,57%, refletindo o avanço acima do esperado no grupo Alimentos e Bebidas. Este avanço se deu pela maior alta de alimentação no domicilio, por conta do aumento de carnes, frutas e bebidas. Maiores pressões em automóveis novos e usados também aceleraram o grupo Transportes. A inflação acumulada em 12 meses está em 6,51%.

Com relação à Selic, o Copom ficou decidido, conforme já esperado pelo mercado, manter a taxa de juros em 11%.

Com relação ao mercado brasileiro de ações, o índice Ibovespa registrou queda e fechou o mês em  -11,70%, com 54.115 pontos.

A cotação do dólar fechou em R$ 2,451.