Alta volatilidade nos mercados. E agora?

Estamos vivenciando um momento de mercado que poucas gerações tiveram a chance de presenciar. Ao longo de março tivemos nada menos que seis circuit-breakers, mecanismo de defesa instituído pela bolsa que interrompe os negócios ao serem atingidos determinados limites de baixa dos ativos. Com esse número, igualamos à grande crise financeira de 2008.


O grande nível de incerteza provocado pelo COVID-19 faz com que os investidores saiam de posições mais arriscadas e migrem para ativos considerados seguros, como o dólar americano buscando o aumento do volume de recursos em caixa. Os ativos brasileiros sofrem relativamente mais nestes momentos por se tratar de uma economia de país emergente.


Com elevada frequência, neste tipo de cenário, os preços se descolam de seus fundamentos. Este processo é natural em momentos de crise, onde não há entendimento claro acerca do futuro. Há o agravante de a economia mundial vir de um longo ciclo de crescimento, sendo, no caso particular dos Estados Unidos, o mais longo da história. Adiciona-se à conta o patamar elevado dos preços dos ativos e o nível de alavancagem no mundo estar relativamente alto.


Você deve estar se perguntando: devo fazer alguma mudança nos meus investimentos na Valia?


A gestão de investimentos da Fundação é focada no longo prazo e, por isso, nossas carteiras estão preparadas para absorver impactos de curto prazo, sendo a diversificação dos segmentos e ativos a palavra-chave diante da dificuldade em acertar com precisão o futuro da economia e das empresas.


Para as obrigações do tipo Benefício Definido, possuímos uma parcela majoritária de títulos atrelados à inflação, que garante maior estabilidade dos retornos. No caso do plano de Benefício Definido, a Valia vem ao longo dos anos reduzindo a parcela de ativos de risco e a sua situação superavitária ímpar reduz os efeitos negativos sobre o plano.


Já nos perfis de investimentos, temos opções adequadas para cada nível de risco tolerado, variando de zero em renda variável até 40%, sendo o balanceamento destas carteiras feito de forma automática de acordo com a regra definida. Este é um grande atrativo do produto, pois é inerente recomprar ativos de risco quando eles declinam em preço e vende-los quando sobem, mantendo seu percentual de exposição estável ao longo do tempo.


Uma importante adição ao portfólio de produtos da Valia neste ano foram os Ciclos de Vida. Os ciclos possuem um nível maior de diversificação por contarem com a classe de investimentos no exterior, menos suscetíveis às oscilações da economia brasileira e expostos ao dólar, que é uma reserva de valor importante em momentos de crise.


A Valia tem acompanhado o desdobrar dos eventos recentes e atuado na preservação de capital, além de permanecer em constante busca de oportunidades. Caso os impactos da crise se prolonguem no médio prazo, é natural que continuemos a observar oscilações bruscas nos preços, principalmente no segmento de ações. É esperado nos perfis de maior risco, como o MIX 40 e o Ciclos de Vida mais longos, uma continuidade da volatilidade, pelo menos até o mercado ter mais clareza sobre qual será o desfecho da crise que se apresenta, sendo imprescindível não perder a visão de longo prazo nestes momentos.


Cabe ressaltar a importância da adequação do seu perfil de tolerância a riscos e horizonte de investimentos, de forma a alinhar a expectativa de retorno ao nível de oscilação tolerado. Ter um planejamento financeiro bem traçado e ater-se a ele é de suma importância, pois no curto prazo a variabilidade de retornos pode ser elevada e, além disso, estar preparado e ver momentos de alta volatilidade como oportunidades é fundamental para o crescimento patrimonial de longo prazo.


Reforçamos a nossa missão de prover soluções previdenciárias fundamentadas em resultados sustentáveis, com segurança e excelência e, para isso, contamos com um time de especialistas para administrar nossos investimentos em diferentes cenários, inclusive os mais adversos.