Como o uso em excesso dos smartphones em excesso pode ser prejudicial

Saúde e segurança
01/08/2015 - 14:38

​​A cena em restaurantes é cada vez mais usual: pessoas sentadas frente a frente, mas sem conversar, de cabeça baixa, escrevendo ou apenas lendo mensagens em seus celulares. A popularização de smartphones e o uso cada vez maior de redes sociais têm alterado as relações entre amigos, casais e famílias com grande velocidade, sem termos tempo para mensurar, na maior parte dos casos, as consequências dessas mudanças.

Em alguns campos, contudo, já foi possível provar que o excesso de conexão tornou-se motivo de problemas. Uma pesquisa do departamento de direção geral de tráfego da Espanha constatou que 4 milhões de motoristas no país utilizam o aplicativo WhatsApp enquanto dirigem. Ou seja: leem (ou escutam) e digitam (ou ouvem) mensagens quando deveriam estar atentos ao trânsito. O órgão também apurou que 87% dos motoristas entrevistados já viram outros motoristas enviando mensagens e, com base em seus registros, chegou a uma conclusão preocupante: 50% dos acidentes com lesões são atualmente causados pelo uso do celular, percentual mais alto do que o atribuído às drogas ou ao álcool.

No Brasil, o número de usuários da ferramenta ultrapassa 38 milhões de pessoas, o que indica um alto potencial de acidentes também por aqui.  Outro problema ligado aos celulares é a Nomofobia, um termo novo que designa quem não consegue ficar longe de seu aparelho nem por minutos sem se preocupar. Segundo um estudo feito nos Estados Unidos pela organização SecurEnvoy, 66% da população já sofrem com esse mal, em maior ou menor grau. O Grupo Delete, formado por psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde brasileiros para alertar sobre o uso abusivo de tecnologias, informa que entre os sintomas da Nomofobia estão ansiedade, angústia, nervosismo, tremores, suor, alterações na respiração e até taquicardia.

Por isso, é preciso que todos estejam atentos sobre como celulares, tablets, computadores e redes sociais estão inseridos em sua rotina, de modo que os recursos tecnológicos sejam sempre utilizados em seu benefício.