Crianças e jovens devem ser orientados

​​​​​Para quem está entrando na idade adulta, parece uma tarefa sem sentido pensar sobre um futuro distante. Por isso, é importante que instituições, escolas e pais transmitam aos jovens sua experiência e os orientem, para que desde a infância eles tenham consciência da importância de avaliar os gastos que fazem e, ao crescerem, já no início da carreira, possam planejar o momento em que encerrarão seu ciclo profissional.

Em um dos programas que a BM&FBovespa produz, em parceria com a TV Cultura, sobre educação financeira, foram listadas recomendações que merecem ser reproduzidas aqui, com o objetivo de ajudar os pais a pensar sobre como tratar do assunto com os filhos:

1. As crianças devem saber que o dinheiro não vem dos pais, mas sim do trabalho. Ou seja: o dinheiro é recebido em troca de algum esforço. E quanto mais se estuda e trabalha, maiores as chances de ganho e de se ter o que se deseja.

2. Com o dinheiro em mãos, deve-se entender que o consumo é um processo de escolhas. Como nunca há dinheiro para tudo, comprar uma coisa significa deixar de comprar outra.

3. Desde cedo, a criança precisa aprender a poupar. Mesmo no universo infantil, há desejos um pouco mais difíceis de alcançar, que exigem uma pequena poupança, como a compra de um jogo, por exemplo. Ao conseguirem alcançar o que queriam, os jovens entendem o valor tanto do produto quanto do processo para adquiri-lo. E terão mais facilidade de pensar em prazos mais longos, quando a questão de como desejam estar no momento da aposentadoria se apresente.

Os pais são exemplos para os filhos. Então, além do ensinamento teórico, faz toda a diferença o comportamento diário em relação ao consumo. Se o filho é orientado a poupar, mas os pais vivem endividados, a mensagem não tem o mesmo impacto. Se o planejamento dos pais para a aposentadoria é cumprido, fica mais fácil reproduzir essa atitude no momento em que a jornada profissional se inicia. O melhor, sempre, é ensinar e demonstrar na prática.