Entenda a alta do dólar

17/12/2015 - 17:09

Quem viveu a segunda metade da década de 90, época do chamado “um pra um” do dólar, talvez não pudesse imaginar que, 20 anos depois, a moeda ultrapassaria os R$ 4,00. E, em um país onde o câmbio é flutuante – ou seja, em que o dinheiro estrangeiro varia de acordo com a oferta e a demanda do mercado -, fica ainda mais difícil manter um controle sobre essa alternância de valores. “Em especial, a alta do dólar impacta a inflação”, afirma o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, que orienta as pessoas a pesquisar bem os preços nas compras do dia a dia.

A crescente do dólar se deu principalmente pela junção de fatores internos – instabilidade política e perda do grau de investimento estrangeiro no Brasil – com a perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos, o que impactou igualmente o restante do mundo. Como boa parte da exportação de insumos agrícolas brasileiros é feita em moeda americana, ficou também difícil aproveitar a desvalorização do real para atender à demanda estrangeira. Assim, desde 2014 o Banco Central busca manter suas reservas de dólar para segurar a queda do real.

Em um cenário de incertezas, o melhor é reforçar as economias. “Procure a orientação de um especialista e aplique seu dinheiro em um fundo de renda fixa”, opina Jason. Dessa forma, o brasileiro poderá passar pelos efeitos da crise sem um impacto tão agressivo no bolso.