A participação dos idosos na renda familiar vem crescendo bastante nos últimos 30 anos. No início da década de 1980, a contribuição de pessoas acima dos 60 anos era de 37%; nos anos 90, passou a ser de 47%; e, em 2007, em 53% dos domicílios do país mais da metade da renda familiar era fornecida por pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Isto dá a dimensão da importância de planejar bem os anos que se seguirão ao fim da vida profissional, para desfrutá-los com tranquilidade.

Eliane Santiago, psicopedagoga carioca que trabalha com terapia sistêmica, envolvendo as famílias, lembra que “a decisão de se aposentar leva em conta vários fatores, entre eles a percepção para muitos de que não vale trocar tempo por dinheiro, seja para gasto próprio, seja para atender a demanda de filhos adultos e ou dependentes. Daí a necessidade de um planejamento estruturado e de envolvimento da família para a construção de uma realidade, e não de uma fantasia em relação ao provedor”.

“Os pais desejam sempre o melhor para seus filhos. O desafio é entender as limitações que cada um tem na promoção da felicidade dos filhos e buscar um equilíbrio nas relações afetivas, de maneira a não anular os sonhos de um ou de outro. Desta forma, possivelmente formaremos adultos maduros, que poderão ser lançados ao mundo, enquanto nós seguiremos em frente, num novo ciclo da vida”.