Monitor de investimento – Maio 2014

​​​Cenário Externo

Na Zona do Euro, o PIB do primeiro trimestre alcançou 0,2%, mantendo o resultado positivo de crescimento na região. Após alta em abril, a inflação retornou para 0,5% na prévia de maio. Para combater a baixa inflação e estimular o crédito, o Banco Central Europeu reduziu a taxa básica de juros de 0,25% para 0,15% e passou a taxa de depósitos para patamar negativo.  O desemprego continua a recuar lentamente e passou de 11,8% para 11,7%.

Nos Estados Unidos, a revisão do PIB mostrou redução de 1% na atividade econômica no primeiro trimestre. Apesar do bom resultado de consumo das famílias, a queda dos investimentos, estoques e exportações foi responsável pela piora do índice.  A inflação subiu novamente, passando de 1,5% para 2% em março, chegando ao patamar desejado pelo Banco Central. O desemprego também mostrou bom desempenho e se manteve em 6,3% após a forte queda em abril.

Na China, a inflação subiu de 1,8% para 2,5% em maio. A alta é positiva mas o número ainda se encontra abaixo da meta oficial. Os indicadores de produção industrial, vendas no varejo e investimento em ativos fixos continuaram a desacelerar em abril, mantendo as preocupações sobre a solidez da economia. O Banco Central está tomando medidas para aumentar a atividade, como a redução do percentual de reserva de alguns bancos.

Na Índia, o partido de oposição BJP conseguiu grande vitória nas eleições. Com o resultado, Narendra Modi deve ser o novo líder indiano, o que agradou o mercado financeiro.

Cenário Doméstico

A inflação de Maio, medida pelo índice IPCA, apresentou variação de 0,46%, acumulando 3,33% no ano. O índice INPC foi de 0,6%, somando 3,51% em 2014. Já o índice de inflação IGP-M, divulgado durante o mês, registrou queda de 0,13%, totalizando no ano, 3,21%.

O IBGE divulgou o resultado do PIB no 1º trimestre de 2014, que apresentou alta de 0,2% com relação ao trimestre anterior. O setor de serviços e a produção agropecuária foram os destaques positivos. Mas a indústria não tem conseguido manter um ritmo satisfatório de expansão por causa de sua baixa competitividade frente aos competidores externos. O acúmulo de estoques e a queda de boas perspectivas futuras levaram a ajustes na produção, que devem se intensificar ainda no 2º trimestre.

O IPCA de Maio apresentou uma variação de 0,46%. Em 12 meses o indicador acumulou alta de 6,38%. A menor variação com relação ao mês anterior se deu pontualmente, influenciada pela devolução do choque de alimentos e pelo desconto tarifário promovido pela Sabesp. Apesar disso, a inflação de serviços segue resistente, a despeito de uma maior acomodação no mercado de trabalho.

Com relação à Selic, o Copom decidiu manter a taxa em 11% a.a. e sinalizou que pretende permanecer assim pelos próximos meses.

Com relação ao mercado brasileiro de ações, o índice Ibovespa registrou queda em Maio e fechou o mês em -0,75%, com 51.239 pontos.

A cotação do dólar fechou Maio em R$ 2,239.