Reforma da previdência em foco

​​Com a mudança no quadro político do país, a reforma da Previdência voltou à pauta de discussões do governo. Até meados de junho deste ano, será encaminhada ao Congresso Nacional uma proposta com modificações no atual sistema previdenciário. A medida tem por finalidade gerar efeitos rápidos e reduzir a pressão das despesas com benefícios nas contas públicas. Embora as condições ainda não tenham sido definidas e divulgadas, a intenção é de que as regras de transição minimizem os impactos para quem está perto de se aposentar.

Uma das ideias é fixar idade mínima para aposentadoria – 65 anos para homens e 63 para as mulheres. O objetivo é estender, em cerca de dez anos, a idade média dos aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje de 55 anos. Quem já se aposentou ou obteve os requisitos necessários para solicitar o benefício não será atingido pelas novas regras.

Outra mudança delineada após o início da gestão do presidente interino, Michel Temer, que traz impactos à Previdência é a extinção de seu ministério, com a divisão de suas atividades entre as pastas de Desenvolvimento Social e Agrário e da Fazenda. Um dos argumentos do governo para a modificação é garantir a solvência do Estado e a sustentabilidade da Previdência Social de maneira geral. As camadas do segmento previdenciário, por sua vez, questionam a alteração, que pode significar uma queda na representatividade do sistema fechado de previdência complementar.