Como falar sobre educação financeira com as crianças?

outubro de 2021
26/10/2021 - 14:45

O papel dos pais é fazer o possível para que seus filhos aprendam o suficiente para se tornarem adultos independentes, o que inclui ensiná-los a como lidar com o dinheiro.


Mas como abordar um assunto tão complexo com os pequenos sem confundi-los ou assustá-los? Conversamos sobre isso com Anna Luisa Carvalho, planejadora financeira e mãe de duas crianças, e ela nos explicou como tornar esse processo mais natural e até divertido.


Educação Financeira para crianças: quando começar?


Segundo Anna Luisa Carvalho, não há uma idade ideal para começar a falar com as crianças sobre educação financeira. O assunto deve ser introduzido desde cedo e de forma natural e devemos nos atentar aos nossos próprios comportamentos financeiros, já que elas aprendem por observação.


“Se você evita falar sobre isso ou fala de um jeito negativo, como “dinheiro não nasce em árvore”, “tá pensando que meu dinheiro é capim?” ou “dinheiro não traz felicidade”, você está colocando o dinheiro numa posição negativa e a criança vai absorvendo essas ideias”, explica a especialista.


Para que as crianças compreendam o papel do dinheiro e como pagamentos funcionam, uma boa opção é incluí-las em transações financeiras, como apertar botões em máquinas de pagamento e caixas eletrônicos ou receber e conferir o troco. Dessa forma, elas aprendem de maneira prática.


Além disso, conforme são envolvidas na rotina financeira da família, surgem perguntas sobre o assunto e essa é uma oportunidade de explicar sobre finanças, respeitando o interesse e a maturidade das crianças.


Como ensinar educação financeira na prática?


Uma opção é dar a elas um cofrinho, preferencialmente transparente, para que possam aprender como o dinheiro pode ser gasto ou acumulado ao longo do tempo. Você pode até dar nome a cada cofrinho conforme o objetivo pelo qual ele está sendo formado: comprar um jogo, trocar a bicicleta, comprar tickets de um parque, etc.


“Isso vai trazendo para a criança a noção de que ela começa com pouco, mas, se ela tiver paciência e estiver sempre guardando, aquele pouco vai crescendo”, diz Anna Luisa.


Por volta dos sete anos ou quando julgar que a criança está preparada, uma boa alternativa é começar a dar uma mesada. Segundo a planejadora financeira: “A gente deve começar com valores baixos, dentro do orçamento familiar, porque a intenção é que a criança possa administrar o seu dinheiro e fazer escolhas de acordo com os objetivos dela”.


Ela também adverte que os pais devem permitir que os filhos gastem o dinheiro como bem entenderem para que aprendam desde cedo sobre o que valorizam e tenham a oportunidade de cometer erros.


Além disso, ela também alerta: “A gente não pode associar a mesada a castigos ou recompensas. Se você combinou que ela vai receber (a mesada) todo mês, você tem que cumprir. Imagine se, ao cometer um erro no trabalho, você ficasse sem o salário. Isso associa o dinheiro a algo ruim”.


Para pré-adolescentes e adolescentes, um pouco mais maduros, os pais podem abrir uma conta em um banco digital e fazer o pagamento da mesada por lá. Dessa forma, eles poderão não só administrar seus ganhos, como também a usar o cartão de débito, e depois de crédito, controlar seu saldo e até poupar dinheiro, tudo sob a supervisão dos pais. Com o tempo, é possível também começarem a entender o conceito de investimentos.


Finanças familiares: o quanto devemos compartilhar com os filhos?


Mesmo com filhos pequenos, não é aconselhável esconder problemas financeiros deles. O mesmo é válido para aqueles que têm uma situação financeira confortável. O segredo em ambos os casos é encontrar uma maneira de se comunicar de maneira honesta, porém respeitando a maturidade da criança.


Se você estiver em uma fase difícil, seus filhos provavelmente vão perceber. Não falar sobre o assunto pode fazer com que eles se sintam ansiosos e inseguros. Então, o recomendável é falar do assunto abertamente e tentar ressaltar pontos positivos do momento de crise. Assim, ela compreende o que está acontecendo e consegue ver o lado bom da situação.


Já quando a família tem uma boa condição financeira, é importante mencionar que seu estilo de vida não é o padrão da maioria das pessoas sem associar isso a algo negativo ou a uma suposta superioridade, permitindo que a criança tenha contato com a realidade.


E previdência é coisa para criança?


Claro! Por isso e motivados pelo mês “delas”, convidamos a criançada da família de nossos participantes, a gravar um vídeo respondendo/representando “Por que devemos investir nos sonhos do futuro?”. Recebemos 21 vídeos incríveis e a criança dona do vídeo mais curtido no Facebook da Valia, ganhou um Drone! Quer ver o resultado desse concurso? Assista aos vídeos da 3ª edição da Geração Meu Dindim, clicando aqui.


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Está preparado para falar com seu filho sobre finanças?


Viu como falar sobre finanças com as crianças pode ser mais simples do que imaginava? Coloque em práticas essas dicas e elas poderão contribuir para desenvolver uma relação mais saudável com o dinheiro e fazer boas escolhas financeiras hoje e no futuro.


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