O que define o valor de mercado de um título?


junho de 2018
26/06/2018 - 17:06

​O valor de um título no mercado financeiro pode mudar a cada dia, mesmo possuindo pagamentos já pré-definidos, gerando rentabilidades muito diferentes no curto prazo. Essa variação de curto prazo acontece em função do chamado “valor do dinheiro no tempo”, que diz que o dinheiro vale mais hoje do que no futuro. Isso acontece em função de:

  1. Inflação: que é o aumento dos preços dos produtos ao longo do tempo. Isso significa que, com o passar do tempo, será preciso mais dinheiro para comprar os mesmos produtos.
  2. Liquidez: que é a preferência das pessoas por ter o dinheiro em mãos, seja para gastar ou para ter uma reserva de emergência.
  3. Risco: Ter o dinheiro hoje é uma certeza. Porém, ter uma promessa de receber um valor no futuro costuma ser arriscado pois muitas coisas podem acontecer, como quem deve não conseguir mais pagar.

    Esse “valor do dinheiro no tempo” é medido por uma taxa, que é definida pelo mercado financeiro considerando principalmente o risco de quem emitiu o título. Como o dinheiro vale mais hoje do que no futuro, para descobrir o valor presente (de hoje) de um título, é preciso trazer cada um de seus recebimentos futuros para valor de hoje, utilizando uma taxa que reflita o risco. Dessa forma, a taxa de um título subir é sinal de aumento de risco. Como há mais incerteza, o preço do papel no mercado cai e o retorno pode ser negativo. Por outro lado, quando o risco diminui, a taxa cai e o preço aumenta, gerando uma alta rentabilidade.

    Independente do mercado, o título vai pagar os mesmos rendimentos em reais até o vencimento. Porém, se houver uma mudança na taxa, o título pode ter uma forte rentabilidade negativa ou positiva no curto prazo. Vale ressaltar que, ficando com o papel até seu vencimento, o resultado das subidas e descidas do preço será nulo, com o retorno sendo a taxa definida no momento da compra.

    Para obter a melhor relação entre retorno e risco, a Valia possui uma carteira diversificada que investe principalmente em dois produtos de Renda Fixa:

    Pós-fixado: Seu retorno é o mesmo de um índice de mercado, como a SELIC ou o CDI. Como o CDI é positivo, é esperado que o retorno desses títulos sempre seja positivo. Porém, normalmente, no longo prazo, o retorno desses títulos é inferior em comparação com as outras opções do mercado de renda fixa. Atualmente, esse tipo de título apresenta a maior alocação dentro da carteira de renda fixa dos Perfis de Investimento.

Atrelado a Índices de Preço: Parte de seu retorno vai seguir um índice de inflação (pós-fixado) e a outra parte do seu resultado segue uma taxa de mercado (pré-fixado), que pode ter forte volatilidade. Como parte do retorno segue índices de inflação, este título é ideal para Fundos de Pensão, que possuem obrigações também atreladas a inflação e precisam proteger os recursos de seus participantes da perda do poder de compra. Apesar de variar muito mais do que o CDI no curto prazo, inclusive podendo ficar negativo como foi o caso em maio, em função da parcela do retorno que é pré-fixada, esses títulos possuem uma maior expectativa de retorno, sendo importantes para rentabilizar o saldo de conta de acordo com os objetivos de longo prazo dos perfis.